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Campus encerra programação da 18ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia

Publicado: Sexta, 08 de Outubro de 2021, 18h06 | Última atualização em Sexta, 19 de Novembro de 2021, 08h54

Eventos deram ênfase a temas de ciência, tecnologia e inovação aplicados ao cotidiano e à formação científica e foram marcados por presença de público e interatividade

As atividades do Campus Santana dentro da 18ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) do Instituto Federal do Amapá (Ifap) reuniram um público aproximado de 300 pessoas, do dia 2 a 7 de outubro, período em que se deu a programação do Campus. Os eventos se sucederam com minicursos, oficinas, palestras, seminário e mesa-redonda que abordaram temas de interesse geral e específico, para públicos formados por adolescentes, jovens e adultos que puderam ter acesso a conhecimentos sobre eletrônica, programação computacional, cadeias produtivas, destinação de resíduos sólidos, propriedades da física utilizadas na aerodinâmica, possibilidades de publicidade e conflitos mundiais que transformaram as sociedades do século XX e início do XXI.

“É uma coisa que a gente vivencia, já faz parte do nosso dia a dia, e por falta de um serviço que dê finalidade ao descarte as pessoas acabam largando o lixo de maneira inadequada”, relatou o estudante de curso técnico da modalidade subsequente do Ifap, Arthon Pacheco, um dos ministrantes da oficina sobre reutilização do papelão coordenada pela docente Lidiane Miranda. Além de apresentar formas de reciclagem do material, a oficina abordou os efeitos do lixo descartado irregularmente no meio ambiente.

Neste trabalho, os alunos são os protagonistas e compreendem o porquê de determinadas ações, o que garante aprendizagem, reflexão, e a autonomia dos envolvidos. “Trabalhando com o projeto eu descobri que existe um universo de descarte do lixo, é incrível o tanto de coisas que têm pra fazer com o que seria lixo. São coisas que podem gerar renda para as pessoas que necessitam de uma renda extra, sem muito gasto. Não é algo que fica só na escola, mas que a gente leva pra vida toda.”, completou Arthon Pacheco.

O Ministério do Meio Ambiente define logística reversa como ferramenta que auxilia no desenvolvimento econômico e social, que é constituída por um conjunto de ações e procedimentos, para realizar a coleta e a devolução dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação. “A reflexão sobre o ambiente que nos cerca e o repensar de responsabilidades e atitudes de cada um de nós, gera processos educativos ricos, contextualizados, significativos para cada um dos grupos envolvidos. Trabalhar com educação ambiental em qualquer âmbito significa buscar um equilíbrio entre o homem e a natureza, pensando em uma qualidade de vida atual e futura”, explicou Lidiane Miranda, que também coordenou seminário sobre as cadeias produtivas do açaí, do pescado e da farinha, e foi apresentado na forma de resultados das investigações feitas por estudantes do curso de Comércio Exterior, turmas de 2019, 2020 e 2021.

Para a acadêmica Eliná Silva dos Santos, que elaborou a pesquisa sobre a cadeia do pescado com foco no potencial para o ecoturismo, nem mesmo os amapaenses conhecem o potencial ecológico do estado. “O nosso estado está muito apagado em questão de turismo. Eu queria que outras pessoas pudessem ver o turismo aqui do nosso município [município de Santana], é um turismo ecológico que é desenvolvido com muita cautela, se você for ver tudo o que envolve, tem um processo, tem um estudo, pra mim foi bem gratificante. Como estudante de Comércio Exterior eu quero expandir esse turismo aí pra fora, ir em busca de novos lugares para poder deixar o nosso município mais visível para o mundo lá fora”, assegurou.

 

Da guerra para o cotidiano

Com o título instigante “Ao redor do buraco, tudo é beira: a importância da ciência da guerra para o desenvolvimento da humanidade nos séculos XX e XXI”, o docente João Morais argumentou sobre a presença e utilidade de muitas invenções do período de guerra no cotidiano. Ele citou como exemplos a penicilina, um potente antibiótico que revolucionou a medicina, a cirurgia plástica, o raio-x portátil, o horário de verão que fora instituído pela primeira vez durante a primeira guerra mundial, em 1916, o GPS, o sinal de rádio, a internet, a panela de teflon, cujo material fora inventado na segunda guerra mundial. “Invenções utilizadas no cotidiano que, claro, foram inventadas em tempos sombrios, mas que posteriormente foram repassadas ao cidadão comum.”, pontuou o docente.

   

João Morais explicou que o tema da palestra baseou-se nos escritos do historiador inglês Eric Hobsbawm, sobre o “bum” que a ciência obteve a partir do século XX, principalmente após as duas guerras mundiais e guerra fria, e comemorou: “Foi muito além da perspectiva que eu tinha da palestra, falamos da pandemia, das certezas e incertezas que tanto a guerra como a ciência promovem, há muito tempo eu não via uma participação tão grande, então eu tenho certeza de que foi além das expectativas do público também.”

A semana dedicada à ciência e à tecnologia do Ifap, realizada no âmbito da 18ª SNCT, que é uma ação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) por meio de fomento do CNPq, também contou com outras atividades nos Campi do Instituto. No Campus Santana seguiu com a oficina lúdica para o Ensino de Física: Aerodinâmica, realizada pela docente Aline Rossetto da Luz. Nela, foram apresentadas metodologias ativas que auxiliam no ensino da física, tendo como base o estudo da história da Ciência e atividades práticas/ lúdicas para público formado por estudantes de física. Já para estudantes do ensino fundamental, a professora abordou os princípios físicos que explicam o porquê dos aviões voarem, na oficina Brincando com Aviões. Ao final, os participantes elaboraram um minigib sobre a história da aviação e construíram aviões de papel, reproduzindo a capacidade de voo ensinada.

 

Pesquisa em publicidade

Cerca de 80 pessoas acompanharam no chat a mesa-redonda “Possibilidades de pesquisa em publicidade no Amapá”, coordenada e mediada pelo professor Romeu Amorim e apresentada pelos palestrantes Karollinne Levy Pontes de Aguiar e Dennis Pinheiro Carvalho. Eles falaram sobre várias maneiras inovadoras de atuação no mercado publicitário e sobre as possibilidades de pesquisa no período acadêmico. O debate contou com intensa interatividade e foi enriquecido com dicas de sites, livros, aplicativos e redes sociais que auxiliam na execução de projetos, atividades e aprendizado no universo publicitário. Muitos participantes mostraram estar nesse processo de escolha e foram motivados a pesquisarem e a atuarem em uma área que se identifiquem e gostem.

 

   

 

 

 

 

 

 

 

A programação do Campus Santana também contou com a atividade Internet das Coisas, minicurso prático de eletrônica e programação de placa controladora e aplicativo. Cada participante recebeu um kit com componentes eletrônicos para que desenvolvesse a montagem dos protótipos ao mesmo tempo que o docente coordenador e proponente Dimitri Alli Mahmud.

 

Por Keila Gibson, jornalista do Campus Santana

Instituto Federal do Amapá (Ifap)
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