Publicidade em foco na defesa de projetos experimentais de alunos do Campus Santana
As bancas examinadoras mobilizaram servidores docentes e técnicos-administrativos da instituição com formação nas áreas dos projetos
Nos dias 1º, 2 e 3 de dezembro, os estudantes do segundo ano do ensino médio integrado em Publicidade do Campus Santana do Instituto Federal do Amapá (Ifap) tiveram a sua primeira experiência de trabalho científico na qualificação do Projeto Experimental em Publicidade (PEP). Os nove trabalhos apresentados às bancas examinadoras fazem parte do componente curricular ministrado pela professora Ana Paula Bourscheid e orientados pela professora Poliana Macedo de Sousa e professor Fábio Ronaldo da Silva, o PEP por finalidade preparar o estudante para a elaboração do projeto de pesquisa aplicada que visa o desenvolvimento de um produto publicitário.
De acordo com a coordenadora do curso Técnico em Publicidade do Campus Santana, professora Givanilce Silva, a disciplina de Projeto Experimental possibilita o contato do estudante com a pesquisa científica sob a orientação de professores da área técnica e coorientação de docentes das áreas correlatas ao tema do projeto. “É uma grande oportunidade de nossos alunos entenderem o protagonismo relacionado aos conhecimentos na área técnica, que mesmo no ensino remoto eles têm conseguido vislumbrar na sociedade meios viáveis para a produção científica.”, ressaltou.
Entre os temas qualificados e que serão desenvolvidos nas pesquisas dos estudantes do curso ao longo do ano de 2022 estão: a publicidade em empreendimentos informais envolvendo o comércio de açaí; o uso de mídias digitais para o ensino-aprendizagem da Física; campanha publicitária sobre o consumo do tabaco; divulgação da literatura amapaense; a importância dos catraieiros no retorno presencial das aulas para quem depende desse meio de transporte; planejamento para mídias sociais digitais com abordagem da temática do escalpelamento; a publicidade e os influenciadores digitais locais; divulgação dos pontos turísticos da capital amapaense e a prevenção da obesidade infantil.
Para a estudante Maria Eduarda Costa da Silva, que defendeu o projeto de pesquisa “De volta ao antigo normal: A importância dos catraieiros no retorno das aulas presenciais na comunidade Foz do Rio Vila Nova no pós-pandemia”, a experiência com o PEP trouxe mais confiança, bagagem acadêmica e conhecimento de método científico. “Foi algo muito engrandecedor, eu lembro que quando surgiu a proposta de desenvolver algo dessa magnitude eu fiquei muito animada, era algo completamente novo, que eu nunca tinha feito antes, então, antes de tudo foi um desafio muito grande, mas extremamente enriquecedor, que trouxe mais confiança, bagagem acadêmica, conhecimento de método científico. É impagável poder passar pela experiência de construir um projeto experimental, defender ele diante de uma banca avaliadora, é algo que eu gostaria que todos tivessem a oportunidade de passar. Ter tido essa experiência me deixa mais confiante para entrar em uma universidade no futuro.”, declarou.
Coorientador do PEP intitulado “O TikTok como Ferramenta de Ensino e Aprendizagem da Física para os Estudantes do Ensino Médio”, o professor Sandro de Souza Figueiredo acredita que aliar ferramentas de comunicação, a exemplo das mídias digitais, ao ensino-aprendizado da Física pode trazer mais afinidade e identificação dos estudantes com a disciplina. “É consenso entre os integrantes do grupo que formas alternativas e descontraídas de ensino, especial da Física, são muito mais atrativas e mais próximas da linguagem dos jovens contemporâneos. A Física é muitas vezes considerada uma disciplina difícil, principalmente quando se faz uso da matemática, e usar o TikTok como ferramenta de ensino pode trazer mais afinidade e identificação dos estudantes com a disciplina, além servir também como um excelente meio de divulgação científica, pois os vídeos da plataforma possuem um grande alcance na rede”.
Os projetos de pesquisa da disciplina PEP do curso integrado em Publicidade começaram a ser elaborados neste ano e se desenvolverão ao longo do ano letivo de 2022, culminando com o encerramento da formação de nível médio. “Nós já tínhamos tido alguns contatos com as normas da ABNT e com metodologia científica, mas a experiência de elaborar e defender o projeto de pesquisa foi bem nova, ter orientação todos os dias, reunir-se com o grupo, foi divertido e estressante, às vezes, pra falar a verdade, mas até que no final foi uma coisa bem tranquila, eu estava bastante ansioso pelo fato de nós sermos avaliados por uma banca, eu tinha muito medo de ser desqualificado, mas acabou sendo algo bem tranquilo e fluiu.”, declarou o estudante Sebastião Mendes de Azevedo Neto, ele defendeu o projeto “Planejamento para reativação da página do Facebook da Associação de Mulheres Ribeirinhas e Vítimas de Escalpelamento do Estado do Amapá”.
Orientadora de quatro dos nove grupos de pesquisa e avaliadora em uma das bancas, a professora e jornalista Poliana Macedo, natural de Araguaína, no estado do Tocantins, destacou a importância da regionalidade nos temas abordados como um fator enriquecedor para a formação local. “Os alunos concentraram suas temáticas de pesquisa nas particulares da região em que vivem, convivem e mantêm seus laços familiares: catraieiros, turismo, literatura regional, batedeiras de açaí, dentre outros, todos alcançaram um excelente nível de dedicação e compromisso no desenvolvimento dos seus projetos de pesquisa que serão base para o produto publicitário a ser desenvolvido no próximo ano.”
Demais apresentações:
Por Keila Gibson, jornalista do Campus Santana
Instituto Federal do Amapá (Ifap)
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