Academia debate sobre comércio exterior no Amapá
O debate sobre as possibilidades para o comércio exterior no Amapá atraiu diversos estudantes do Ifap e de instituições externas
O primeiro evento acadêmico do ano letivo de 2022 do Campus Santana do Instituto Federal do Amapá (Ifap) provocou o debate sobre comércio exterior no Amapá. A mesa-redonda realizada no dia 9 de março atraiu estudantes do ensino médio integrado e superior do Instituto e de outras instituições de ensino, bem como orientandos de programas de mestrado e doutorado e profissionais da iniciativa privada.
Estudantes dos cursos superior e integrado de Comex, tecnológico de Gestão em Recursos Humanos, técnico integrado em Logística e técnico subsequente em Finanças e em Informática dividiram o auditório do Campus Santana com estudantes do Ifap de Macapá, acadêmicos dos cursos de Relações Internacionais e de Geografia da Unifap, além de doutorandos, estudantes de outros Ifs, e pessoas de empresas que atuam com importação e exportação.
Marlon Nascimento (diretor do Campus Santana) abriu o evento ao lado de Tiago Pedrada (coordenador de Comex)
“Tivemos um evento bastante provocativo e tenho certeza de que todos os nossos convidados da mesa de debate acrescentaram ideias e reflexões às suas atividades laborais, inclusive sobre o turismo, a necessidade de investimento na logística rodoviária e aquaviária, sobretudo na fronteira com os mercados das guianas, e o planejamento de revitalização e modernização do porto federal administrado pela Companhia das Docas de Santana, porta de entrada e saída das importações e exportações do estado.”, comentou o coordenador do curso de Tecnologia em Comércio Exterior, Tiago Pedrada.
Políticas públicas para o turismo nas fronteiras internacionais fazem parte do campo de estudo da doutoranda Manuela Santana Gortz, que enxerga na contribuição acadêmica uma oportunidade de qualificar estratégias políticas para os desafios que precisam ser superados no setor: “A academia precisa levar questionamentos científicos para serem debatidas dentro de políticas de desenvolvimento, pois, através do saber acadêmico, é possível trazer efetividade para essas estratégias de estado agregando valor às demandas da sociedade e ao saber empírico. Nós sabemos que existem muitos desafios ainda, tanto em termos de legislação quanto na própria questão da percepção das universidades, das oportunidades, a capacitação das pessoas para lidarem com os desafios que estão aí e que precisam ser superados”, disse a estudante, que é servidora da Unifap e orientanda do professor doutor Gutemberg de Vilhena Silva, palestrante na mesa-redonda.
Ana Laura Frazão (à esq.) aguardou o início do evento com os colegas e garantiu presença no debate da sua área de formação técnica
A estudante do segundo ano integrado em Comércio Exterior, Ana Laura Rabelo Frazão, passou o dia no instituto para garantir participação no debate da noite. Um dos seus anseios é fazer com que assuntos ligados ao comércio exterior sejam mais discutidos no dia a dia das pessoas. “O nosso coordenador sempre incentiva a gente a participar de eventos como esse. Assim como contribui para a nossa carga horária, é bom pra nossa vida profissional porque é o curso que a gente faz, então eu tô aqui pra agregar conhecimento na minha vida. Nós somos o futuro do nosso país, então é muito importante que a gente aprenda sobre isso. O fato de abordar coisas que estão presentes no nosso cotidiano, mesmo que indiretamente, é uma das coisas que eu mais me identifico, poder falar sobre isso no meu dia a dia.”
Público presente tirou dúvidas e apresentou questionamentos aos palestrantes
Entre os produtos da pauta de exportações do estado do Amapá estão o ouro não monetário, madeira em estilha ou partículas, soja e frutos oleaginosos. Mas há a expectativa de que os investimentos em minério de ferro retorne à pauta com a valorização do produto no mercado internacional. Para o estudante de Geografia, Vinícius Silva Costa, o comércio exterior da forma como se apresenta hoje não favorece a economia local. “Gera emprego, mas não dentro de uma perspectiva de desenvolvimento local, já que grande parte dos empregos que exigem especialização do trabalho vêm de fora. Teria que ter um imposto sobre as empresas que estão se fixando aqui e que esse dinheiro possa ser empregado no município para o desenvolvimento local. É muito importante a gente ter uma ideia de usar isso pra ajudar a sociedade.”
Gutemberg Vilhena apresentou estudos sobre o cenário e potencial das fronteiras do Amapá
A mesa-redonda “Comércio Exterior e fronteira: uma janela de oportunidades dentro do estado do Amapá” reuniu os palestrantes Antônio Teles Júnior (Agência de Desenvolvimento Econômico do Amapá), Edval Cabral Tork (presidente da Companhia das Docas de Santana) e Gutemberg de Vilhena Silva (pesquisador na área de estudos de fronteira da Unifap). O evento foi idealizado pelo coordenador do curso tecnológico em Comércio Exterior (Comex) do Ifap, Tiago Pedrada.
Por Keila Gibson, jornalista do Campus Santana
Instituto Federal do Amapá (Ifap)
E-mail: O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.
Twitter: @ifap_oficial
Facebook:/institutofederaldoamapa
Redes Sociais