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Encontro pedagógico discute aprendizado especial e atitudes de primeiros socorros

Publicado: Terça, 08 de Agosto de 2023, 08h56 | Última atualização em Quinta, 10 de Agosto de 2023, 06h29

 

O Encontro Pedagógico preparatório para o segundo semestre letivo de 2023 do Campus Santana do Instituto Federal do Amapá (Ifap) trouxe mais do que informes e planejamento, apresentou dicas e orientações importantes para uso em situações do dia a dia do ambiente escolar. Duas delas foram a palestra sobre educação especial e o treinamento de primeiros socorros. O evento aconteceu nos dias 2 e 3 de agosto e reuniu professores e técnicos do Instituto.

Profissionais do Centro Educacional Raimundo Nonato, unidade pertencente à Secretaria de Estado da Educação (Seed), que trabalha com aprendizado de pessoas com transtornos de neurodesenvolvimento, tiraram dúvidas e orientaram em assuntos relacionados ao transtorno do espectro autista (TEA). O autismo pode ser identificado ainda nos anos iniciais de ensino, e a escola deve estar capacitada a reconhecer e a oferecer metodologias pedagógicas compatíveis com as necessidades desse estudante.

 

      

 “O autismo caracteriza-se principalmente por prejuízo persistente na comunicação social. São pessoas que têm uma cognição, na prática e na teoria, muito restrita no que fazer e no que pensar, no que proporcionar, no que sugerir, no que criar, interesses bem restrito, e nós, enquanto instituição educacional, precisamos fazer esses interesses avançarem”, afirma a especialista do Centro Educacional Raimundo Nonato, na palestra sobre as características básicas presentes em alunos com TEA, TDAH e deficiências intelectuais e a relação no processo de aprendizagem.

 

Cuidados Imediatos

Como saber que atitude tomar de maneira rápida diante de um mal súbito de alguém? Esse e outros questionamentos foram respondidos durante o treinamento sobre noções básicas de primeiros socorros, como parte da programação do Encontro Pedagógico 2023.2. O treinamento ministrado pela bombeira Danielle Di Lorena Cearense Borges, que é enfermeira e subtenente do Corpo de Bombeiros do Amapá, abordou os tipos de situações de emergências que pedem atitudes rápidas e que são determinantes nas chances de salvar a vítima ou minimizar os desconfortos dela enquanto se aguarda a chegada de um profissional habilitado ou socorro médico através do SAMU.

 

Entre as situações que exigem cuidados imediatos estão a OVACE (Obstrução de Vias Aéreas por Corpo Estranho) que ocasiona o engasgamento, mas também estados de choque, desmaios, coma, parada cardíaca e respiratória, queimaduras, torções e fraturas, afogamento, intoxicação, cortes profundos, sangramento e casos de crises convulsivas.

Os ensinamentos sobre primeiros socorros para profissionais que atuam no ambiente escolar estão previstos na Lei nº 13.722/18, mais conhecida como Lei Lucas por ter sido homologada após a tragédia  ocorrida com o menino Lucas, de 10 anos, que morreu em função de um engasgamento por  alimento servido durante um passeio da escola, em 2017. Na ocasião não havia ninguém que soubesse proceder com o salvamento diante da situação. A Lei tem levado a várias iniciativas da sociedade, como a da bombeira voluntária, de promover orientações no ambiente escolar aos profissionais que lidam com acidentes comuns envolvendo crianças e adolescentes, oferecendo noções de primeiros socorros.

“O ensino de primeiros socorros possibilita uma melhor assistência em situações de emergência, diminuindo a possibilidade de óbito, por isso, as pessoas que compõem o ambiente escolar são uma parcela importante para propagar esse conhecimento, já que o ambiente escolar é propenso a acidentes e intercorrências emergenciais”, explica a servidora de enfermagem do Setor de Assistência Estudantil (SAE) do Campus Santana, Wilcyane Silva.

Para a professora Ana Paula Bourscheid, o momento foi de aprendizado e deve ser seguido por outros que visem o preparo da comunidade educacional para situações que exijam intervenções imediatas de primeiros socorros. “Como nós trabalhamos com ensino em tempo integral, temos tido recorrentes situações de desmaio e convulsões, então esse tipo de oficina nos dá uma noção de como agir diante dessas situações. Vem primeiro para qualificar o corpo docente, mas também para saber como lidar fora da escola, porque ninguém está livre desse tipo de situação em qualquer lugar. É uma iniciativa muito positiva, e eu espero que aconteça mais vezes para que estejamos cada vez mais capacitados, tendo em vista o quantitativo muito grande de pessoas, não só alunos, mas toda a comunidade acadêmica, de técnicos e professores, com as quais lidamos diariamente. Achei uma atividade bem produtiva e muito didática, que nos dá noções de como proceder”.

 

 Também fizeram parte da programação do Encontro Pedagógico orientações do Ministério Público sobre como notificar violências e suspeitas de maus-tratos contra crianças e adolescentes, orientações do Setor de Assistência Estudantil (SAE) e alinhamento das ações entre os setores administrativo, de ensino, extensão e pedagógico.

 

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Por Keila Gibson, jornalista do Campus Santana

Instituto Federal do Amapá (Ifap)
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